Eleições 2022: do prognóstico equivocado das pesquisas aos apoios para o segundo turno

Eleições 2022: do prognóstico equivocado das pesquisas aos apoios para o segundo turno

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O primeiro turno das Eleições Gerais de 2022 foi realizado no dia 2 de outubro, mas os ecos deste dia tão importante para a democracia brasileira seguem fortes. Isso porque no próximo dia 30 de outubro, teremos a disputa entre o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O resultado do pleito no primeiro turno, bem como a forma como ele se desenvolveu naquele domingo, comprovou a eficiência do sistema eleitoral brasileiro, alvo de diversas críticas de grupos de elegíveis. No entanto, os problemas com a biometria provocaram filas nas seções eleitorais. Houve ainda atos – mesmo que isolados – de violência, quebra-quebra e danos a urnas. O dia de eleições também foi marcado por bate-boca entre eleitores em Portugal e protestos em alguns locais do Brasil, contra candidato A ou B.

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Apesar disso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, classificou as eleições como “seguras, tranquilas, harmônicas e com paz”.

Os votos

Nas urnas, Lula bateu Bolsonaro. O ex-presidente conquistou 57,2 milhões de votos, tendo 48,43% do eleitorado. O atual presidente recebeu pouco mais de 51 milhões de votos (43,20%). Só que os resultados destas eleições escancararam falhas de prognóstico praticamente imperdoáveis dos institutos de pesquisa.

Pesquisas de votos

Na véspera do dia do pleito, o Instituto Datafolha, um dos principais e massivamente utilizado pela imprensa, divulgou uma pesquisa apontando que Lula venceria as eleições no primeiro turno, com 50% dos votos válidos, ante 36% de Bolsonaro, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A mesma pesquisa dizia que Fernando Haddad (PT), com 39%, liderava a corrida pelo governo de São Paulo contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), que aparecia em segundo com 31%. Na votação de domingo, Tarcísio teve 42,32% dos votos válidos, contra apenas 35,70% de Haddad.

Houve erro também para o Senado. A pesquisa da véspera das Eleições Gerais apontava Márcio França (PSB) como líder na disputa em São Paulo, com 45% das intenções de voto, ante 31% de Astronauta Marcos Pontes (PL). No final, o astronauta e ex-ministro de Ciência e Tecnologia ganhou de lavada de França: 49,68% a 36,27%.

Busca por apoios

A semana que sucedeu a votação foi marcada por busca por apoios e “boas fotos” por parte de Lula e Bolsonaro. O petista conseguiu trazer para seu lado alguns candidatos e adversários no primeiro turno, como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT); o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB); e o governador reeleito pelo Pará, Helder Barbalho (MDB).

Já o atual presidente tem apoios de governadores como Rodrigo Garcia (PSDB), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.

O segundo turno das Eleições Gerais do Brasil será realizado no dia 30 de outubro. As semanas que antecedem a realização do pleito serão marcadas por busca por mais apoios, debates, entrevistas, reuniões e campanha nas ruas dos candidatos com a população.