‘PEC das Bondades’ deve custar R$ 41,2 bilhões aos cofres públicos

‘PEC das Bondades’ deve custar R$ 41,2 bilhões aos cofres públicos

Publicidade

A nova Proposta de Emenda à Constituição, chamada de “PEC das Bondades”, deve custar R$ 41,2 bilhões aos cofres públicos. Pelo menos, essa é a estimativa do governo federal para os novos benefícios que já estão sendo pagos desde o início deste mês.

Publicidade

Com uma série de mudanças e regulamentações, a nova PEC das Bondades aumenta o valor pago para o Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), concede um vale combustível para caminhoneiros e taxistas, aumenta o vale-gás, além de outros benefícios.

Publicidade

Bastante questionada pela oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), a PEC das Bondades tem validade até o fim deste ano e foi acelerada pelo governo, a fim de garantir que os benefícios chegassem à população antes das eleições marcadas para outubro deste ano.

Auxílio Brasil

Dados do Ministério da Cidadania apontam que 48,8% da população nordestina recebem o Auxílio Brasil. Esse número era menor, mas a PEC das Bondades incluiu 2,3 milhões de famílias no programa no mês de agosto. Com isso, quase metade da população da região Nordeste do Brasil recebe o benefício.

No Brasil, 20 milhões de pessoas recebem o Auxílio Brasil, segundo a pasta de Cidadania. Porém, a região Nordeste é a que tem maior percentual de beneficiários por população. O Piauí é o estado que tem mais beneficiários, com 53% de sua população. Ou seja, mais da metade dos piauienses recebem Auxílio Brasil. Depois na lista vêm Pernambuco, Sergipe, Maranhão e Bahia. A região Norte é a segunda, com 38%. Sudeste, com 20%, o Sul do Brasil (19%) e Centro Oeste (13%) são os que completam essa lista.

Resistência

A PEC das Bondades foi encarada com maus olhos pelos opositores do governo. Isso porque a forma como ela surgiu e a maneira como foi conduzida sua aprovação foram interpretadas, por muitos, como uma forma de agradar os eleitores por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). A excessiva necessidade de aprovar a PEC e o benefício de R$ 1 mil para os caminhoneiros foram criticados pela oposição. Inclusive, um grupo de caminhoneiros foi contra o benefício, acreditando que ele foi implantado como uma forma de “comprar votos”.

O fato de os benefícios durarem só até o final de um ano eleitoral também foi criticado. O atual presidente está atrás nas pesquisas de intenção de voto contra seu principal concorrente, o ex-presidente Lula. Por conta disso, muitos interpretaram como uma forma rápida de conquistar eleitores e reconquistar aqueles perdidos durante o mandato.

Veja também: Próxima reunião do Copom avaliará reajuste residual menor da Taxa Selic