Próxima reunião do Copom avaliará reajuste residual menor da Taxa Selic

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Em ata, conselho diz que seguirá “vigilante” para confirmar o fim da alta na Taxa Selic. O Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central, vai avaliar se será ou não necessário um ajuste residual de menor magnitude do que o de agosto na Taxa Selic. Essa avaliação será realizada na próxima reunião, em setembro.

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A declaração foi dada na ata que detalha todas as discussões que foram feitas no último encontro do comitê. Os ajustes deste mês passaram a Taxa Selic de 13,25% para 13,75% ao ano, representando um aumento de 0,50 ponto percentual. O Banco Central sinalizou que essa taxa de 13,75% pode ser mantida para setembro ou, ainda, ser reajustada para 14%.

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Politicas monetárias

Segundo o Copom, a política monetária pode sofrer alguns ajustes para que a convergência da inflação seja atingida para alcançar as metas, já considerando o ano que vem e, em grau menor, 2024. O conselho diz que seguirá “vigilante” para confirmar o fim da alta na Taxa Selic. O Copom está cauteloso, já que há um cenário de incerteza na economia. A estratégia será preservada, a inflação está sendo acompanhada, mas agora há expectativa pela manutenção do processo de desinflação. Se isso se confirmar, a tendência é de que haja o fim do período de aperto monetário.

Declarado na ata

A ata detalhou como as medidas adotadas pelo governo no tocante à expansão fiscal podem dificultar o processo de redução da inflação e interferir na demanda agregada, além dos impactos das recentes altas nas taxas de juros que esfriam o crescimento econômico do país e freiam o aumento nos preços.

O documento detalha ainda o debate do colegiado acerca do crescimento da economia (que era previsto, mas não de forma tão significativa como está sendo) e de como isso tem sido positivo para a geração de empregos e um mercado de trabalho mais movimentado no Brasil. Para o comitê, o cenário atual favorece à criação de emprego e renda para os brasileiros, mas prejudica o trabalho desinflacionário realizado pelo Banco Central.

Redução da inflação

A redução da inflação – que chegou a 10,07% em um acumulado de 12 meses até julho deste ano – é uma prioridade para o Banco Central. No entanto, o Copom disse que as inflações deste ano e de 2023 vão sofrer grande impacto por conta dos cortes em impostos realizados pelo governo.

Esses cortes, segundo o grupo, reduzem a inflação no primeiro ano, mas resultariam em uma elevação mais significativa no ano seguinte. Resta acompanhar quais serão os próximos passos dados para reduzir a inflação no Brasil.

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